kitschnet - mini-pratos ao balcão: ai


10.7.06

ai
[devia fazer um post em branco. porque sempre nunca nada chega.] tão tanto muito mais sempre e mais sem tempo nem espaço não cabe e expande e quando penso que é impossível mais prova-se o contrário que se atrai. não há muralha da china, estrela cadente ou caipirinha, não há água do mar, tgv ou taj mahal que sirva, onde caiba em alternativa. mais que os himalaias, chocolates incas e ouros maias, boleias de galáxia, a maior casa de campo, e todos os moinhos de praia, nem farol nem vento nem árvores nem firmamento, cleópatra e suas aias, nem folhos nem saias. por mais horizontes que a pontes, gigantes de dantes, picos e elefantes, é o céu. é sempre o céu. o único. o maior, o céu inteiro. e eu aqui, tão embrulhadada. e é sempre de génio, sempre divino no mais pequeno passo, no mais ligeiro abraço e com toda a certeza que a certeza pode ter vos digo que o maior amor é o correspondido. em todo o lado meu amor, devagar e lentamente, a toda a pressa na corrente, nada chega porque o todo multiplica as partes, porque quando te vejo valso, saltos altos em pé descalço e todos os dias são arraial assente, mão na mão, rua sésamo semente. o pulso que bate estreito, o adeus ao parapeito, lua cheia, presente futuro perfeito. o tanto que é tudo, o reflexo incondicional que faz bingo e logo bongo, que os sinos dobram por nós. e é quase inacreditável de tão incrível. e nós sabemos. e só nós sabemos como. e tal é tão que tudo que ai. são festas de tesouros, papoilas a caran d'ache, corridas de balões, serenata saxofone, um ciclone, um recorte no sinal, o aconchego matinal. e sempre mais. faça-se a corte que o meu príncipe chegou. renasça-se o mundo, tudo mudou.

posted by pimpinelle