kitschnet - mini-pratos ao balcão


27.2.07

2º copítulo

oh sinhores que gritos e louvores serão precisos para dizer que interpretações há muitas e que entre uma mulher o seu escritório ninguém põe a colher que não falava disso e não era essa a intenção, que me levam já com o rolo da massa e se for preciso com o fogão. que não tenho de me explicar nem dar o nariz a torcer, que quem diz é quem sabe e que quem fez é quem é. que o equilíbrio do mostrasconde é o que faz isto girar, que sei disso bem e o resto é conversa. falava da pretensão macaca de quem abre a matraca para falar mal de quem não fala, de quem se apetrecha do pedregulho para magoar e fazer barulho. foi inspiração não foi tempestade em golpe de água. não falava dos pézinhos de lã, do tule e da hortelã, do sussuro do ditado inaudito, da reza do aflito e da buzina sem ar, do que não se pode cantar e daquilo que se parte se é desenhado, entornado no papel rasgado. que a palavra é de outro e o silêncio é que parte.




posted by pimpinelle